A importância da poesia na Educação Infanto-Juvenil

Por Paula Garcia de Oliveira*

A poesia pode desempenhar um grande papel na educação e no desenvolvimento humano, principalmente, na infância e na adolescência; pode ser usada como ferramenta na linguagem do cotidiano e, também, na mediação para encontrar a criança em sua criatividade e sensibilidade emocional. A poesia na educação infanto-juvenil, não entra somente como pensamento no dia a dia escolar. Ela vem como suporte para o processo de formação de cidadãos mais humanos, empáticos e, principalmente, mais conscientes em relação ao seu próximo.

Poesia como ferramenta de expressão

A poesia vem, desde muito cedo, oferecer às crianças e aos jovens, uma maneira diferente e única na expressão de seus sentimentos, medos, sonhos... Com as rimas, ritmos, imagens poéticas, ela traz um ambiente seguro, alegre, de forma que os estudantes possam, mais que aprender, se divertir com o jogo de palavras, o encadeamento de ideias e o espetáculo harmonioso das palavras proporcionando um inegável desenvolvimento cognitivo e  linguístico.

Sabe-se  que a poesia é, há muito tempo uma poderosa aliada no desenvolvimento da linguagem e do pensamento crítico, pois,  através dela podemos apresentar para as crianças diferentes formas de construção textual, fazendo com que elas ampliem o seu vocabulário e também desenvolvam habilidade de interpretação e análise, associadas à musicalidade dos versos. Auxilia, de forma poderosa, na memorização e na compreensão da estrutura linguística, possibilitando um aprendizado dinâmico e prazeroso.

As trovas e a poesia no cotidiano escolar

Para incluir a poesia no ambiente escolar não é necessário muito esforço e não se trata igualmente de uma tarefa complexa. Ela é ferramenta, extremamente excitante e pode ser usada em oficinas de criação, em saraus, piqueniques literários, visitas a bibliotecas entre muitas atividades, que podem contar com a parcerias de poetas, de professores de outras matérias e em atividades extraclasse que despertarão grande interesse nos alunos pela diversificação das áreas de conhecimento.

Percebi o grande interesse das crianças pela poesia, quando na Escola Municipal Engenheiro André Rebouças, em Juiz de Fora, desafiei as crianças para que criassem frases rimadas e o resultado foi esplêndido. Nesta atividade pude contar, também, com a participação da Professora de informática Adriana Elpes. Na ocasião formamos duplas de alunos, dando a cada uma das duplas as palavras tema e que deveriam ser objeto da rima. A criançada se deliciou com a brincadeira, que naturalmente, lhes rendeu pontos nas atividades escolares. Para o futuro pretendo, por sugestão do trovador Messias da Rocha, convidar trovadores e trovadoras e poetas para oficinas de trovas e poesias, que sei com certeza, serão muito úteis e agradáveis, na formação de meus alunos. Pensei na trova para iniciar, por ser um formato minimalista da arte poética, que apesar de pequena inclui inumeráveis noções de métrica, rima, construção gramatical e outras.

* Paula Garcia de Oliveira é Pedagoga formada pela Faculdade Granbery , graduada em Artes , Teatro e Dança pela faculdade Faveni e professora de Educação física formada pela faculdade Ipemig.