
ROMILTON ANTONIO DE FARIA
ROMILTON ANTONIO DE FARIA nasceu em 21 de junho de 1951 na cidade de Alto Jequitibá. Formou-se em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF EM 1980, onde exerce a profissão. Pós-graduado em medicina do trabalho e Perícias Previdenciárias. Publicou dois livros:“Cante, Ainda que baixo.” - Poesias e “O menino penoso” - Infantil. É autor do hino de sua cidade natal, por escolha em festival.
Sempre cheia de carinhos,
amor, beleza e atenção,
a trova não tem espinhos,
fica bem em qualquer mão!
Devagar e sem alarde,
sempre o tempo nos ensina,
que o fim da vida é uma tarde, (concurso local, 2º lugar)
envolta em véu de neblina.
Quem na alma esconde um segredo,
e, após trancar o cadeado,
engole a chave por medo, (concurso Novo Trovador, 4º lugar 2017)
vira escravo do passado.
Por mais que tenha talento, (co-vencedor concurso Novo Trovador São Paulo 2017)
e faça da arte uma festa,
o artista não está isento
da inveja de quem não presta.
Quando o carrossel, que gira,
sobe e desce em fantasia,
com cavalos de mentira
traz galopes da alegria!
Se quiser fazer surpresa,
quando alguém lhe bate à porta,
divida o que tem à mesa,
seja quem for, não importa!
Se buscas o mundo inteiro,
aprenda desde o começo,
por mais que guarde dinheiro,
liberdade não tem preço.
De frutos, os baldes cheios,
no pomar, colho a lição:
cantos, sombras e gorgeios,
jamais se alcançam com a mão.
A saudade é uma constância,
em meu peito por essência.
dói muito pela distância,
dói muito mais pela ausência.
Na falta de consciência,
dos maus que fazem queimadas,
a selva pede clemência,
em prantos, nas enxurradas.
Jamais valorize a mágoa
e guarde a grande verdade:
a vida é uma gota d’água
se perto da eternidade.
Mentira era hábito seu,
a toda hora e todo dia,
tanto, que quando morreu,
pensaram que ela fingia.
Ciúme parece praga,
é uma algema que nos prende.
Sendo muito, o amor se apaga,
se pouco, jamais o acende.
No trabalho, com firmeza,
não ficará sem comida,
quem respeita a natureza,
nos manguezais desta vida.
Quando o poeta te escreve,
o idioma não importa:
tua alma fica mais leve
e o coração abre a porta.
Sem nenhuma mordomia,
grinalda, luxo na mesa...
Na lida do dia a dia
toda mulher é princesa.
Sigo o caminho sem nome,
levando no peito a sina,
de ver crianças com fome,
no olhar, apenas neblina...
